Olá!

Aproveitando esta energia da Lua Nova de hoje, em Carneiro, regresso à escrita no meu blogue, onde procuro partilhar contigo a minha visão da vida, a partir do meu próprio mundo interior. E que essa visão te possa ajudar no teu caminho de vida e nesse reconhecer da tua voz, do teu caminho, da tua luz e do teu propósito maior. Leva contigo aquilo que possa servir o teu caminho e a tua expansão de consciência.

As minhas palavras e ideias são apenas uma pequena perspetiva da imensidão da existência, transmitem a minha atual consciência e estado de Ser, e são por isso impermanentes, sujeitas a alterações, a revisão, a mudança, fruto de um ciclo que nunca para, um ciclo que está em constante movimento e em contínuo processo de transformação e alquimia.

E é de uma fase deste ciclo que venho hoje falar – esta primeira lua nova do ano astrológico, que iniciou a 20 de março, pode ajudar-nos a revelar o que se passa no nosso interior, olharmos, a partir da ausência de luz, aquilo que sentimos, aquilo por que ansiamos, aquilo que há já algum tempo late em nós sob a forma de um novo impulso para a vida, e que pode agora começar a ter forma.

É aquele momento, em que no escuro do seu casulo, a lagarta começa a sentir algo forte em si, que a faz mover-se, agitar-se, soltar-se, rompendo assim a película que a envolve, deixando penetrar novamente a luz, para posteriormente abrir as suas asas rumo à Liberdade. É nesse momento que provavelmente agora estás numa determinada área ou fase da tua vida.

Onde, a partir da escuridão, te sentes assim?
Onde, a partir da escuridão, te sentes em espera, num momento de poisio e reflexão?
Onde, a partir da escuridão, consegues observar com lucidez o que sentes?
Onde, a partir da escuridão, sentes chegar o calor da luz que ainda não vês?

Onde, em Ti, sentes o apelo para um novo começo, para um novo impulso de vida?

Honra esse teu espaço. Honra esse teu apelo. Honra o teu Ser e o que ele te pede a cada instante. Coloca a tua energia em algo que sintas há algum tempo que desejas fazer, uma, ou várias, mudanças que te ajudem a cumprir melhor a tua vida.

Podem ser inúmeras coisas, podes sentir vontade de mudar de atitude em relação a algo, mudar algum hábito ou rotina, mudar padrões de pensamento, mudar o caminho que fazes todos os dias para o trabalho, mudar de casa, mudar de emprego ou carreira, mudar a forma como te relacionas com alguém…. Pode ser qualquer coisa, não interessa a sua dimensão, o que importa é que dês voz a esse impulso que sentes em ti, e que o libertes e expresses numa ação consciente, desperta, construtiva, dinâmica, fluída.

Não é mudar porque queres fugir de algo, ou porque não queres lidar com o te está a acontecer. É sim mudar
porque estás consciente do que agora é melhor para ti. Podes escolher a qualquer altura a Consciência de Ti Mesm@, e fazer então mudanças ancoradas no presente, construtivas, objetivas, lúcidas, determinadas, mas também envoltas em fé, entrega, aceitação, criatividade, intuição.

Encarar o que doi, reconhecer o que se perdeu, que algo morreu, que algo já não serve, que algo terminou, que a vida é impermanente e está em constante mudança, nem sempre é fácil, mas é possível encará-lo, é uma escolha, um compromisso que posso escolher assumir. Os processos de morte na nossa vida (sejam elas de forma psíquica, física, emocional, relacional, etc…) são sempre processos acompanhados de ciclos de transformação profunda. Transformação que passa por diversos patamares: reconhecimento, aceitação, libertação, cura, perdão, desapego, renascimento… São processos próprios de cada um de nós, a serem vividos de diversas formas, e em diferentes fases das nossas vidas.

A minha proposta é, que te permitas refletir sobre ti mesm@ e reconhecer por que processo de perda tens passado nos últimos tempos.

Que dores, desafios e dificuldades tens enfrentado?
Que aprendizagens te tem pedido a vida com essa, ou essas, perdas?
De que forma te têm afetado? Que dizem elas sobre a tua realidade interior?
Que dizem elas da tua relação com os outros?
Falam de necessidades? De controlo? De medo? De raiva? De confusão?
Para onde aponta a forma como tens lidado com essas perdas?

Em que fase do processo de transformação estás?

Hoje li uma frase que me ajudou a reconhecer a fase em que estou: “Deus pode consertar um coração partido se lhe dermos t
odos os pedaços”
, Madre Teresa de Calcutá

Sinto que esta frase fala de total rendição, da mais pura vulnerabilidade. É aquele momento em que as barreiras do ego e os muros da mente se dissolvem pois já nada mais existe a fazer, a pensar, a conjeturar, a não ser render-me, render-me à vida, ao divino, a Deus. Render-me e aceitar tais circunstâncias, e reconhecer dentro de mim que tenho a força, a fé e a coragem para, através da rendição, puder (re)construir um novo caminho, operar com o que tenho à disposição, viver cada momento com plena atenção ao que sucede, alinhada com a vida.

Render é aquela fase em que a lagarta está dentro do casulo, no escuro, na transmutação, e não sabe muito bem o que lhe vai acontecer… então ela rende-se à vida e aguarda, paciente, o despontar da luz, sabendo que já fez a sua parte, e que aquele casulo onde se fechou e que parece agora uma “prisão”, não será mais do que a sua profunda Libertação. Pois sem passar por esse processo – do casulo – enquanto lagarta, ela já mais poderia voar, mas entregando-se e rendendo-se ao processo do casulo ela aceita o que vier, faz a sua parte e a vida faz também a sua. E um dia surge então esse impulso, e num movimento dá-se um rasgo e ela vê a luz, abre asas e voa – e é livre, pode chegar a novos e insuspeitados lugares, pode ir descobrir novas fontes, novos caminhos, e é este o momento de início de um novo ciclo!

Então, estás tu, estamos nós, em alguma área da nossa vida, em alguma área dentro de nós, neste casulo da transformação. E o novo impulso já chegou ou está a chegar em breve. Permite-te aceder a essa consciência, move-te nesse impulso, rasga o teu casulo e voa.

Reconheces-te na vida da lagarta que se transforma em borboleta?
O que é que tens estado a transformar na tua vida?
Que parte de ti deseja agora expressar-me mais?
Que partes de ti precisas escutar e honrar?

Que nova atitude, pensamento, ou ação, queres agora implementar na tua vida?

Hoje é um bom dia para tomares consciência deste processo. A lua nova invoca energias para um novo começo, um novo ciclo. Aproveita esta energia para te dares conta de que novo impulso é esse a latejar dentro de ti. Sê fiel a ti e à tua natureza, podemos ser presos de imensas maneiras, mas nunca nos podem prender a nossa real essência, a natureza intrínseca que nos habita, os nossos sonhos, os apelos da nossa Alma, isso existe dentro de nós, mesmo que nem sempre o sejamos.

Essa essência impalpável, essa energia pura e espontânea, não pode ser agrilhoada. Dá-lhe voz, dá-lhe ação, dá-lhe espaço, deixa-a fluir de forma natural. A vida está a apoiar-te e a amparar-te nas tuas escolhas. Os recursos estão todos aí à tua disposição – dentro de Ti.

Vê-te, reconhece-te também no Outro, vê-te nos olhos do outro, vê-te na vida à tua volta, reconhece esse impulso de vida em todas as formas de vida, em todos os seres, neste planeta mágico que é a Terra. Ao reconheceres esta verdade amplias a tua consciência e desenvolves cada vez mais essa “noção” de Unidade com o Todo.

Reserva hoje uns minutos para ti, recolhe-te, interioriza-te, acede ao teu Centro e abraça esse Impulso.

Partilho contigo uma música que hoje me acompanhou na minha reflexão, tremendamente inspiradora, escuta-a, com prazer:

River Flows In You

River Flows In You, do fantástico Yiruma.

Que esta música te ajude a aceder a esse rio de vida, de luz, de esperança, de inspiração, de criatividade, que flui dentro de Ti, dentro de Nós.

Recordo também as datas dos próximos encontros de meditação que facilito na Academia Yoga Be One:

  • 2ª Feira, 11 de Abril pelas 19:00
  • 2ª Feira, 18 de Abril pelas 19:00
  • Sábado, 23 de Abril pelas 10:00

Para te inscreveres ou obteres mais informações basta enviares-me um email. Ainda temos algumas vagas.

E Que Neste Teu/Nosso Processo Te Possas Cumprir Cada Vez Mais!

Abraço Presente e Desejos de Uma Excelente Semana,

Cláudia

Cláudia Machado

A Busca pelo Sentido da Vida, é para mim, a força primordial que tem conduzido o Ser Humano no seu contínuo desenvolvimento, superação e transformação, rumo a esse Propósito Maior que conduz à Plenitude e a uma, cada vez maior, Consciência e Integração!
A minha própria busca por esse Sentido da Vida teve início em meados do ano 2000, num primeiro contacto com diversos livros sobre psicologia, filosofia, espiritualidade e desenvolvimento pessoal, seguiu-se o interesse pela astrologia, meditação, reiki, práticas de yoga, entre outros. Ao longo dos últimos anos tenho aprofundado os meus estudos em diversas áreas terapêuticas complementares, tais como: psicologia, terapia transpessoal, astrologia, reiki, meditação, mindfulness, visualização criativa, constelações sistémicas, life coaching, método de Louise L. Hay, entre outras.
O meu processo de cura e de profunda transformação, permiti-me, todos os dias, escutar o apelo da minha Alma, que também anseia acompanhar outros Seres nos seus próprios processos de contínua regeneração, cura, integração e transformação, ao encontro do Ser e da Consciência.
Atualmente facilito consultas individuais de astrologia, de terapia transpessoal e de reequílibrio energético, promovo dinâmicas de grupos e formações, escrevo, estudo e partilho. Procuro a cada instante servir através da minha melhor versão, sendo fiel aos meus valores e princípios, sendo um Exemplo daquilo que para mim serviu... Procuro o Sentido a cada momento, procuro dar-me conta, a cada instante, da impermanência e beleza da Vida, Despertando para o Meu Coração, essa verdade interior que me traz luz e me indica o caminho a seguir, todos os dias. Sei, desde o profundo de mim e desde a inspiração das estrelas, que todos podemos Despertar para a Consciência, ela está à nossa espera todos os dias, em cada momento, aguardando o simples momento em que a reconhecemos e abraçamos!

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