Olá, espero que esta magicletter te vá encontrar bem.

Tenho andado “sumida” por aqui, e acho que já o disse mesmo muitas vezes…. sinto que a minha vida entrou num reboliço desde março de 2020 e ainda estou (dois anos depois) a encontrar um equilíbrio entre tudo o que de novo se tem manifestado por aqui!

Quero tanto voltar à escrita regular, mas ainda não encontrei uma forma fluída e simples de o fazer com as minhas rotinas… estou no processo!

Bom, mas hoje escrevo para te falar do Solstício de Verão, foi hoje, dia 21 de junho, que celebrámos, no hemisfério norte, a chegada da Estação do Sol. 

As mudanças das estações são momentos muito simbólicos do nosso ciclo anual, nestas transições assistimos à ciclicidade e impermanência da vida, e é tão mágico e tão bonito.

Com o Verão chega a época da Luz, a Luz que vem revelar todo o seu esplendor.
É tempo de celebrar, de brindar e de agradecer.
É tempo de dançar, rir, amar e abraçar.
Com o Verão manifestamos a Luz, é o reconhecimento do brilho em nós, a magia do Sol que nos ajuda no nosso processo de despertar.
É tempo de partilhar, de estarmos em comunhão com os outros e com a natureza.
É tempo de concretização, de manifestação e de expansão da nossa consciência.

O Verão marca mais um ponto de viragem, de hoje em diante, a noite começará lentamente a crescer… A Luz está agora no seu máximo e, é por isso, a hora da escuridão regressar. É assim que a vida tomar o seu lugar, a natureza segue sempre o seu curso, ensinando-nos com a sua impermanência sobre a própria vida.

Mas até ao Equinócio de Outono ainda teremos os dias maiores que as noites, num convite a apreciarmos a beleza em nosso redor, a saborear os frutos, a desfrutar das riquezas da vida, a celebrar a existência junto daqueles que amamos…

Este celebrar das estações tem sido uma das práticas mais importantes para mim nos últimos anos. Nos meus rituais pessoais, em contacto e em comunhão com a natureza, redescobri-me e reencontrei-me.

Os rituais de passagem das estações são uma prática muito antiga, identificada em várias culturas ao longo dos tempos… É muito interessante estudar sobre os diferentes ritos de passagem presentes em épocas diferentes da história da humanidade, vividos em culturas distintas e que aparentemente “não se cruzaram”, mas que têm tanto em comum.

Parece-me fácil compreender o culto em torno das estações, pois é a pura conexão aos ciclos da natureza.

O ser humano no decurso do seu desenvolvimento começou por procurar referências e respostas à sua existência. Observar a natureza envolvente sempre foi um dos seus pontos de referência…. Começar por compreender o tempo através do dia e da noite, dos ciclos da lua, da mudança das estações… observando os céus e percebendo os posicionamentos celestes que indicavam estes movimentos e mudanças.

Assim, percebemos, como essa dança nos céus, observada a partir da Terra, influenciava o clima, a temperatura, a agricultura e a vida na Terra. Das coisas mais concretas se começaram também a desenhar visões sobre questões mais simbólicas, filosóficas e espirituais. E se somos parte do universo e ele habita em nós, então é óbvio, como ele nos influencia também numa dimensão mais subtil e energética.

Temos uma relação íntima com a vida universal desde sempre!

E por mais que nos tivéssemos afastado destas verdades fundamentais, nestes anos de industrialização e computação, esta ligação continua viva, nunca morreu, “nós” (no geral), é que simplesmente já não prestamos atenção a ela, ficamos adormecidos no coração e presos na mente que quer controlar e compreender tudo de forma reta e linear. Em prol da “ciência” abandonámos a filosofia, e esquecemo-nos do quão ambas são essenciais e se relacionam entre si.

Esta compreensão antiga da relação da vida humana com a vida do planeta e universo, foi canalizada de alguma forma para as crenças, tradições e religiões que foram nascendo e se desenvolvendo… A Fé alimenta a Alma, a crença na ciclicidade da vida devolve esperança nos tempos sombrios, porque a Luz sempre retorna – e nos tempos antigos eles valorizavam esta observação e sabedoria – a repetição dos ciclos, a impermanência da vida. Essa conexão era celebrada, e os ritos de passagem representavam assim a simbologia desta ligação, onde se honrava a vida através deste reconhecimento.

Assim, desde há muito muito tempo, que nos mais variados lugares do planeta, nas alturas de Solstícios e Equinócios, rituais despontam em diferentes comunidades. Cada estação traz consigo uma simbologia própria. A Astrologia é também uma linguagem que nos ajuda a compreender melhor essa simbologia e relação íntima com a Vida Universal.

O Verão é o clímax do ciclo anual, é quando o Sol se encontra no ponto mais alto, e é por isso, tempo de celebrar a Vida, de reconhecer todas as bênçãos, de sorrir, de dançar, de amar, de abraçar.
É a estação das cores e da luz. Do dourado – do dourado do sagrado coração – a essência da nossa Alma, no reconhecimento da Estrela que cada um de nós É.
É o honrar da vida de cada uma dessas estrelas que compõe a teia cósmica onde todos estamos conectados, onde nos transformamos num só.

Nas Celebrações do Verão celebramos a VIDA. Agradecemos, honramos, abençoamos. E abrimos os braços à noite. É com a chegada do Verão que a chegada da sombra é anunciada. É no clímax que reconhecemos que a descida vai lentamente começar. Celebramos e preparamos o tempo, em que mais à frente, nos vamos encontrar com a escuridão.

Esta ciclicidade é a Vida. Acredito que o caminho de despertar e de construção da Nova Era que tanto se fala, passa por nos reconectarmos novamente aos ciclos, vivermos mais alinhados com a natureza, vermo-nos como parte do meio que nos envolve, enraizarmo-nos, integrarmos nesta dança cósmica, para que possamos despertar o nosso sagrado coração, sermos mais Amor, vivermos e expandirmos esse real Amor. Não estamos separados, mas sim intimamente todos ligados.

Este ano o Verão (no hemisfério norte) chegou no dia 21 de junho pelas 10h13 (no fuso horário de Portugal). Esse foi o momento em que o Sol cruzou o grau 00º00’ de Caranguejo, mergulhando assim nas águas da grande Mãe, no útero onde a vida se gera e manifesta. É tempo de cuidado e de nutrição, celebrando e agradecendo o dom e o milagre da vida que nos é concedido a cada instante.

Sugestões para o teu Ritual de Solstício de Verão:

  • Escreve uma carta onde agradeces por tudo aquilo pelo qual estás grata(o);
  • Faz uma Oração à Vida (escolhe uma ou cria a tua própria oração);
  • Escreve o teu Decreto à Vida – Com o que te comprometes a Ser agora?;
  • Celebra a vida com os que amas;
  • Abraça, sorri e acolhe;
  • Nutre, cuida e protege;
  • Dança em conjunto;
  • Assiste e medita ao nascer do Sol;
  • Passa tempo na natureza;
  • Planta uma semente como símbolo no novo ciclo que inicias;
  • Dá um mergulho no mar ou no rio;
  • Veste cores quentes, alegres e vibrantes;
  • Rodeia-te de flores;
  • Delicia-te com as frutas da época;
  • Escreve uma carta com as tuas intenções mais puras e verdadeiras;
  • Salta uma fogueira honrando a vida;
  • Dança, canta e conta história à volta do fogo;
  • Pinta, desenha, cria vida com as tuas mãos;
  • Conecta-te com o que simbolize fertilidade, beleza, amor, harmonia e criação para ti;
  • Honrar a tua vulnerabilidade, sexualidade e criatividade;
  • Abre-te à abundância.

Nota: O Ritual do Solstício pode ser feito no dia do mesmo, mas também é potente nos dias seguintes, principalmente nestes dias até à próxima Lua Nova, que será a 29 de junho. Por isso, aproveita e marca na tua agenda um dia para celebrares esta passagem, junta os amigos e celebrem em conjunto.

E deixo-te aqui um convite muito muito especial…

No próximo dia 28 de junho, pelas 19h00, irei fazer uma Masterclass gratuita, com o nome “O Universo Fala”.

Nesta Masterclass, de aproximadamente 1h30/2h00, iremos:

  • Falar sobre Astrologia;
  • Descobrir como esta linguagem simbólica nos guia ao longo da nossa jornada;
  • O que é o mapa astral e como nos pode ajudar;
  • Reconhecer a magia dos ciclos da natureza;
  • Despertarmos o nosso Coração para a voz do Universo.

Vai ser um momento mágico, cheio de partilhas e conexão.

Podes registar-te AQUI

Irá ficar gravada uns dias para que possas assistir mais tarde também. Aproveita a oportunidade!

Um forte abraço e que neste Verão possas reconhecer todos os dias a Luz que És.

Cláudia

Cláudia Machado

A Busca pelo Sentido da Vida, é para mim, a força primordial que tem conduzido o Ser Humano no seu contínuo desenvolvimento, superação e transformação, rumo a esse Propósito Maior que conduz à Plenitude e a uma, cada vez maior, Consciência e Integração!
A minha própria busca por esse Sentido da Vida teve início em meados do ano 2000, num primeiro contacto com diversos livros sobre psicologia, filosofia, espiritualidade e desenvolvimento pessoal, seguiu-se o interesse pela astrologia, meditação, reiki, práticas de yoga, entre outros. Ao longo dos últimos anos tenho aprofundado os meus estudos em diversas áreas terapêuticas complementares, tais como: psicologia, terapia transpessoal, astrologia, reiki, meditação, mindfulness, visualização criativa, constelações sistémicas, life coaching, método de Louise L. Hay, entre outras.
O meu processo de cura e de profunda transformação, permiti-me, todos os dias, escutar o apelo da minha Alma, que também anseia acompanhar outros Seres nos seus próprios processos de contínua regeneração, cura, integração e transformação, ao encontro do Ser e da Consciência.
Atualmente facilito consultas individuais de astrologia, de terapia transpessoal e de reequílibrio energético, promovo dinâmicas de grupos e formações, escrevo, estudo e partilho. Procuro a cada instante servir através da minha melhor versão, sendo fiel aos meus valores e princípios, sendo um Exemplo daquilo que para mim serviu... Procuro o Sentido a cada momento, procuro dar-me conta, a cada instante, da impermanência e beleza da Vida, Despertando para o Meu Coração, essa verdade interior que me traz luz e me indica o caminho a seguir, todos os dias. Sei, desde o profundo de mim e desde a inspiração das estrelas, que todos podemos Despertar para a Consciência, ela está à nossa espera todos os dias, em cada momento, aguardando o simples momento em que a reconhecemos e abraçamos!

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